quinta-feira, 26 de novembro de 2009

14 Meses













"Saudade é solidão acompanhada, é quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já... Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida... Saudade é sentir que existe o que não existe mais... Saudade é o inferno dos que perderam, é a dor dos que ficaram para trás, é o gosto de morte na boca dos que continuam... Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: aquela que nunca amou. E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por quem sentir saudades, passar pela vida e não viver. O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido."

Pablo Neruda , Imagem daí



Amo-te Irmão,
Até sempre.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Para mim não..













Imagem daí

Ele há modas que se gosta muito, e outras... Que me perdoe quem é adepto de galochas, mas eu não lhes consigo achar piadinha nenhuma. Não gosto, está dito.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Nos meus sonhos..

Nos meus sonhos não encontro obstáculos. As dificuldades estão lá, pois nunca seria feliz tendo tudo de mão beijada, mas ultrapasso-as e provo a mim mesma o quão longe consigo voar. Nos meus sonhos sou livre. Posso ser eu, apenas eu sem preocupações, nem entraves. Nos meus sonhos posso voar. Não me vejo as asas, não estão lá, talvez não combinem comigo. Quando a dor aperta vou ao Seu encontro, e trocamos um abraço profundo. Consigo estar em qualquer lado assim o deseje, num pequeno gesto estou junto dos que amo e junto de quem realmente precisa. Nos meus sonhos tudo é plano. Não há cá segundos nem terceiros andares. E assim nos espelhamos todos. A superioridade é um termo que pouco ou nada nos diz, mas ele existe. Hierarquias apenas. Nos meus sonhos não tenho que provar nada a ninguém. Sou transparente como até então, apenas perco um pouco da ingenuidade. Nos meus sonhos não encontro apenas o rosa. Não, não sonho com isso. Sonho em azul, verde, amarelo, laranja. O preto não existe, nem tem lugar. Nos meus sonhos eu permito-me sonhar e voar alto. Sonho que não perdi a capacidade de sonhar.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Parva pah!



















Blake Lively

Sabia que tinha tirado a manhã de segunda para algo, mas não me lembrava o quê. Não fui ver à agenda por pura preguicite de fim-de-semana. Não me apeteceu. Soube agora por telefone que me esqueci uma consulta no dentista. Juro que não me lembrava, e fui sincera com a telefonista, podia ter inventado 1001 desculpa, um acidente, mas não. Sei que é chato, que têm as suas agendas e então disse a verdade, que até estava em casa mas que me esqueci completamente, seguido naturalmente dum sincero pedido de desculpas. Mas em dois minutos a dita telefonista ou o raio que a parta passou de simpática a parva, muito parva. Então não é que ela exasperada só insistia que eu devia ter avisado, e que para a próxima ao menos que o fizesse. Enervou-me o suficiente para as próximas 72horas. Oh minha grandessissíma estúpida, qual foi a parte do esqueci-me que não entendeste? Se me esqueci como é que querias que eu avisasse?


Obviamente as palavras menos simpáticas ficaram apenas pela vontade de as dizer, ela que até tinha razão perdeu-a só por falar como falou.

domingo, 22 de novembro de 2009

Victoria Secret


















Se me dessem a escolher um lugar na primeira fila dum evento, não existem dúvidas sobre a minha escolha. O O., concerteza não se importaria de ir também. Digo eu.

sábado, 21 de novembro de 2009

Não gostei..















Hoje foi o dia das molhas monumentais. Mas desenganem-se, não foram fruto de rebeldia ou mesmo romantismo, daqueles em que procuramos sentir a chuva no rosto e na alma, apenas porque sim. Antes fosse. Começou pela manhã na feira, fez uma pausa para almoço, e depois segui-se no cemitério. As minhas botas coitadas, não aguentaram a pressão e puff, pés molhados. E é daquelas coisas, a roupa molhada aguenta-se, o cabelo a pingar para o rímel também, mas quando os pés estão encharcados sobe-me o desconforto à espinha e adeus cara de bons amigos, adeus Suspiro simpática. Depois claro está, chegada a casa só queria era tirar a roupa rapidinho e toca a deixa-la espalhada por onde passava. E aprendi assim, em dois minutos, como deixar em bagunça uma casa acabadinha de limpar. Oh God! E só tu sabes como eu adoro(not) a minha versão Fada do Lar.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009















Ao contrário de meia blogoesfera, preferia o anúncio do ano passado. Não que não lhe ache piada, mas o anterior era mais menino, mais infantil. Mas raios, ainda vamos a meio do mês de Novembro e eu já estou farta deste boom de anunciozinhos de Natal. Imaginem então daqui a um mês.

Sou só eu?


















Quando me falam em alguém que não conheço, crio no imediato uma imagem, um rosto. Não sei em que se baseia o meu inconsciente, mas é automático. E depois faz-me uma confusão imensa, como ainda hoje, quando ao conhece-la ao vivo e a cores a realidade é tão diferente com o branco e preto.

Chuva , Mariza























As coisas vulgares que há na vida Não deixam saudades Só as lembranças que doem Ou fazem sorrir Há gente que fica na história da história da gente e outras de quem nem o nome lembramos ouvir São emoções que dão vida à saudade que trago Aquelas que tive contigo e acabei por perder Há dias que marcam a alma e a vida da gente e aquele em que tu me deixaste não posso esquecer A chuva molhava-me o rosto Gelado e cansado As ruas que a cidade tinha Já eu percorrera Ai... meu choro de moça perdida gritava à cidade que o fogo do amor sob chuva há instantes morrera A chuva ouviu e calou meu segredo à cidade E eis que ela bate no vidro Trazendo a saudade.

Fiquei a conhecer a música através deste blog. Fica aqui a minha vénia à Qel, pelo extremo bom gosto e pela forma sentida como escreve.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009


Imagem daí

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Rita

Foi-me oferecida por um daqueles namoradinhos de adolescência já lá vão dez anos. Era uma gata meiga, esperta e com espírito de liberdade imenso. Era muito dona do seu nariz.. O meu Mano em tom risonho chamava-lhe nomes impróprios. A Rita fazia parte da mobília, de tanto que eu gostava dela. Há quatro dias desapareceu. Andava com o coração apertadinho, procurei-a sem fim. Tentei não dramatizar pois este lar está mais escuro a cada dia que passa. Hoje foi um dia daqueles, e andava com o coração (ainda mais) apertado. Ao anoitecer ela apareceu na entrada da porta. Só me lembro ver que não tinha um olho. Em choque, pedi ajuda e mais uma vez os meus pais demonstraram o quão PAIS são. A minha mãe acamada levantou-se para fazer o que não tive coragem. Não tive coragem para olha-la novamente. Em quinze minutos arranjei um Veterinário aberto, enchi-me de falsa coragem e com o O. fui leva-la. Foi das coisas mais tristes que fiz na minha vida, mas tinha que aliviar o sofrimento atroz que tinha. Em lágrimas implorei que fosse rápido e meigo, virei costas, olhei o céu e entreguei-a à sua paz. A Rita era minha companheira há dez anos, e a grande prova de afecto que lhe dei foi livra-la do sofrimento. Pelo companheirismo, por estes dez anos, obrigado Rita. A minha menina.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Tomorrow M80


Não sei explicar, mas esta música cai-me bem.

Aceitam-se apostas...

A ser verdade, aceitam-se apostas sobre quanto tempo demorará a senhora a acusar o dito cujo de agressão física.

Que má que estou hoje.
Quem consegue conservar a capacidade de ver a beleza, nunca envelhece.

(ouvido no recinto de Fátima 13/Outubro)

O meu nariz

Já não me lembrava quando havia caído pela última vez. Bom sinal. Na terça-feira acordei cedo, mal-humorada e só um banho bem quente me poderia animar. Não cheguei a essa parte. À entrada do quarto de banho, tropecei o andar apressado no chão húmido, escorreguei e o resultado foi uma valente queda mesmo com o nariz e testa na tijoleira fria (e dura). O que se passou a seguir foi surreal. A Daisy e a Sissi devem ter achado que estava a brincar com elas e toca a saltitar à minha volta, ainda a quente quis-me levantar mas não tive forças. Repetia a mim mesma vá lá não vais chorar, já passou, não sejas mariquinhas. Quando consegui elevar o tronco só via sangue no chão e o nariz a pingar. Da forma mais calma que me permiti chamei o O, e só lhe pedi para pôr a mão no nariz para ver se o tinha partido, não tinha coragem para o fazer. Ele em pânico disse-me que não, ajudou-me a levantar e limpou-me. As lágrimas saltavam silenciosas no meu rosto. O estômago deu voltas e mais voltas e manifestou-se.Talvez dos nervos. Hoje, ainda me doí a testa, tenho o nariz inchado mas já fui devidamente medicada. Já já passa, embora inexplicavelmente chore de cada vez que me lembro da queda.

Amizade









O Enzo ofereceu-me este miminho. Obrigado.
A amizade deve ser sempre a base de qualquer relação, manifesta-se em pequenos gestos descomprometidos, em grandes gestos sentidos. Não se cobra, não é preciso. Não se esquece nem se lembra. Apenas existe, assim sem mais..

Avisa?

E vai ter tempo para morrer?
A pergunta surgiu dum médico simpático quando veio à baila o meu jeito apressado e corrido, e percebi a sua chamada de atenção em relação ao modo como hoje vejo a vida. Não o fez de forma abrupta, limitou-se a deixar-me a pensar. Sorriu, e após uma pausa mudou o rumo da conversa. E assim, dei comigo a pensar até que ponto vale levarmos a vida a correr. Será que não deixamos esquecidos momentos que nos poderiam fazer (ainda mais) felizes? Obviamente a vida é uma luta constante e temos batalhar para alcançarmos tudo a que nos propomos, mas no final valerá apena? O que levamos connosco? Sou uma miúda naturalmente apressada. Sempre fui, nem me conheço de outra forma. Mas fiquei a pensar se não estarei a descuidar o que me rodeia e é realmente importante para mim. A morte avisa quando está para chegar?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Desafio "Eu"..





~




O Enzo lançou-me este desafio. Merci :)

Eu já... conduzi em sentido contrário.
Eu nunca... viajei com o meu marido.
Eu sei... reconhecer quando erro.
Eu quero... recuar no tempo.
Eu sonho... em ter um filho.
Eu anseio.. um reencontro eterno.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Parabéns Pai

Podia perder horas a escrever o porque de ele ser o melhor Pai do mundo. Mas prefiro dizer-lho. Não são poucas as vezes que o faço. Digo-lho de coração e demonstro-lhe o imenso orgulho que tenho em ser sua filha. Todos os momentos que passo na sua companhia parecem-me curtos. Adoro os momentos após as refeições, em que ficamos ali horas a soltar conversa. Retrato-lhe o meu dia, abro-lhe o meu coração. Não o querendo preocupar digo-lhe tudo, mesmo quando o tudo não é assim tão bom. Retiro-me quando lhe vejo os olhos marejados, pois sei que evita demonstrar dor na minha presença. Peço que o faça, que de mão dada temos que nos apoiar neste momento que nos feriu de morte, mas compreendo quando em surdina a minha mãe diz que ele não me quer ver sofrer. Fico orgulhosa por ainda hoje, mesmo estando casada, ele se preocupar comigo como se fosse ainda aquela menina loirinha, franzina que corria despreocupada pelos pátios. Fico orgulhosa quando ouço o já habitual não te quero sozinha na rua ou o tens que te alimentar. Sei que leva a sua vida também por mim, porque sabe que preciso dele. Hoje faz 56 anos. Continua o homem bonito que sempre foi. Os olhos, esses perderam o brilho de outrora mas continuam verdes, num verde que salta à vista no seu rosto perfeito. É um Homem bonito, muito bonito. Ao olha-lo encontro traços do meu Irmão. E quase que consigo vê-Lo nos seus pensamentos. Hoje quis-lhe pedir que não chorasse. Que Ele, o seu Filho, está lá em cima a sussurrar-lhe os parabéns, sorridente e menino. Não fui capaz. Dei-lhe um beijinho, baixei o olhar e retirei-me. Revoltada pela vida madrasta, revoltada com tanta pedra nas nossas vidas. Sei o valor que tem e demonstro-lho. Agradeço-lhe a mão sempre estendida não só a mim como a quem escolhi para passar o resto da minha vida. O meu pai faz hoje 56 anos, as nossas almas estão cinzentas como o céu chuvoso mas estou feliz por o ter ao meu lado. Logo, sorrateiramente, virão os familiares e amigos dar-lhe um abraço. Os meus amigos que são amigos dele também, e isso não se paga. Hoje Pai é o teu aniversário, e como em outros tantos dias, eu e Ele estamos contigo de alma e coração. Assim..sem reservas.















Jennifer Aniston - Elle

Acabada de chegar do dentista, sem um dente e com um terrível mau humor. Resta a esperança que um banho quente e reconfortante me anime para a jornada que se segue, que infelizmente não pode ser adiada. Merda.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Um dia..

Um dia não olharei para trás. O meu pescoço manter-se-à em frente, na linha do futuro, sem medo de o enfrentar. As mágoas passadas ficarão escondidas num outrora não encontrado. A perda mortífera ficará e acompanhar-me-à sempre. Um dia olharei em frente e terei esperança num futuro risonho, uma esperança brilhante que me dirá que tudo tem uma razão e que as linhas da vida escrevem correctamente ainda que nos magoem. Um dia serei capaz de recordar-Te com um sorriso. Não que não o faça agora, mas um dia terei a capacidade para entender as vicissitudes da vida. A maldade não será vista em todo o lado apenas porque sim, porque é mais fácil. Um dia, o amanhã será o que desejo e será aí que irei buscar forças para continuar. As palavras que agora existem deixarão de fazer sentido e as dificuldades serão apenas uma triste recordação. Um dia irá terminar o amanhecer revoltado, choroso, e conTigo no coração levarei a minha vida para a frente, sem apertos e com a esperança que Te encontras bem, num local cheio de luz onde torcEs por nós, aguardando em paz o nosso reencontro que esperAs ser tardio. Um dia os meus olhos não enfrentarão o vazio da incerteza, e inundar-se-ão de orgulho do que fui, de quem sou e o silêncio encarregar-se-à do reconhecimento. Um dia as palavras sairão soltas, sem mágoas, sem espaços para mal-entendidos e ecoarei o grito mudo que trago no peito. Um dia, quando não sei, retomarei a menina que fui um dia, ao olhar o céu repleto de estrelas serei capaz de Te ver, e contar-Te-ei tal como sempre fosTe. Sem reservas, farei o Teu retrato. E os testemunhos virão de todo o lado, como se do ontem se tratasse. Imagino-nos junto ao mar nocturno, com a areia gelada a inundar-nos a pele, aquecidos por uma fogueira a recordar-Te. A bom rir do que fosTe e serÁs sempre, a chorar os Teus sorrisos. Os primos irão dizer a meninice garota, os amigos o companheirismo que sempre Te caracterizou Surgirá o Bruno amigo, o Bruno Vida Gorda, e comigo surgirá apenas o Bruno e tudo que Ele representa. Um dia serei capaz de retratar-Te sem receio do amanhã e olharei bem em frente, corajosa. A minha voz não irá tremer quando me questionarem se tenho irmãos, o sim surgirá imponente. Sim tenho um, o melhor de todos. Um dia, não sei quando, adormecerei na esperança que ainda me reconheçAs, que me tenhAs seguido os passos com orgulho, e que de olhos fechados e alma aberta consiga sentir a Tua mão estendida. Para sempre..

Haja paciência..














Começo a achar que sou a única que não se rende a este boom de vampiros. É que estão por todo o lado.

domingo, 1 de novembro de 2009

Us..

Esta noite elogiei-lhe a calma quando ferve em pouca água. Ele, a olhar o nada, disse-me em tom de lembrança, que lhe mói pensar, que lhe mói recordar que levou um tiro, um tiro com intuito desesperado de o matar, assim sem motivo algum. E que isso marca e muda um ser. Ele não é perfeito, eu também não. Tivemos um inicio de vida a dois atribulado, muito por fruto da nossa imaturidade, embora eu com 21 anos achasse que já sabia tudo. Sentia-me pronta para conquistar o mundo a seu lado. E assim foi. Aprendemos a lidar com o espaço um do outro, adoptamos a palavra nosso. Mas tivemos sempre a capacidade de encaixe para o eu e tu. Hoje sei perfeitamente quando posso explodir ou não. Sei exactamente quando estou prestes a pisar a red line que o fará perder as estribeiras, e não me importo de adiar um pouco a resolução quando sei que assim o faremos com mais inteligência, mais calmos. Não sou orgulhosa com ele. Não preciso de o ser. Ele sabe quando a minha alma está aos gritos. Sabe quando falo com ele mas o pensamento vai longe. Decifra as minhas expressões e tem uma capacidade única para lidar com as minhas constantes mudanças de humor, que não são muito fáceis. Batalhamos para o mesmo e os nossos sonhos caminham de mãos dadas, transparentes. Entre muitas coisas, admiro-lhe a responsabilidade e o sentido de família. Sei que deseja aumenta-la. Defendemo-nos ferozmente, e sabemos disso mesmo sem o comentarmos. Talvez por sermos amigos desde sempre, talvez por o nosso amor ter surgido de forma tão leve, sei lidar com ele como ninguém e quem me rodeia por vezes surpreende-se. Surpreende-se como me posso manter calma, por exemplo, quando ele está exaltado com algo e não interfiro, ao contrario do que costumam fazer. Mas eu sei que ele prefere assim, que desta forma leva as coisas a bom porto, protegendo-me/nos sempre, dos momentos parvos que a todos nos surgem. E assim caminhamos, cuidamos,dialogamos. Não é o diálogo o segredo duma relação?