quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Bruno

O mundo desabou naquela manhã e nada mais será como foi um dia.
Perdi um irmão. Perdi um padrinho de casamento. Perdi o padrinho do filho que virá um dia. Sozinha, recusei acreditar tinhas partido.Tu que sempre amei incondicionalmente, Tu que eras o centro do meu eu, que me guiavas, Tu que és o amor da minha vida partiste para sempre.
Uma filha nunca deveria ter que ser portadora de tão injusta notícia, uma cunhada nunca deveria ter que o contar. E tive que o fazer. A coragem surgiu não sei como. Talvez tenhas sido tu, protector, que ma transmitiste.
O mundo desabou naquela manhã.
Recordo-te abraçado a mim uns dias antes, sorrindo ao lembrares-me que seria sempre a mulher da tua vida e que darias a tua vida por mim. Eu teria dado a minha por ti também.
Partiste sem que eu sequer tenha conseguido matar as saudades que sentia por três anos longe.
O mundo desabou naquela manhã.
Reuni as forças que me restavam e naquele instante, em homenagem a Ti, meu irmão querido, decidi continuar, ou pelo menos tentar, o sonho que iniciaste e que com tanto esforço fizeste chegar onde chegou.
O mundo desabou naquela manhã mas sei que me guiarás para sempre.

Partiste, mas sei que foste muito feliz.
Partiste, certo do orgulho que sempre tive em ti.
Partiste, com a certeza que eras a minha metade.
Partiste, mas sempre te disse o quanto te amo.

És a Minha estrela

9 comentários:

Lôra disse...

O melhor de tudo é termos essa certeza. E a certeza que eu tenho é que sempre foste capaz. Como te disse, a tua capacidade de sorrir e "encarar" o dia seguinte é que te fará acordar sempre com a certeza de que a vida se renova a cada dia. Te adoro Magrela linda!

Ouriço disse...

Eu até acho (imagina tu...) que há umas coisas que eu gostava de te dizer mas como não as vou dizer aqui, vou esperar pelo princípio de Dezembro para em frente a uma francesinha, aí na tua linda cidade, tas dizer.
Combinado?
bjs!

Anónimo disse...

Um beijinho e um abraço :-)

Mandrake disse...

Como acho que precisas de tempo e de espaço, estou a guardar esse período para, então, podermos conversar...

Mas sei que sabes o que penso, o que sinto, o como entendo o turbilhão que se revolve no teu interior. Aquilo que te podia dizer, de tão pouco para o muito que desabou sobre ti, está expresso um pouco por aí, e, obviamente, só peca por escasso, por inócuo, na vacuidade, embora sincera das palavras...

Quando estiveres serena e preparada para me ouvir estarei, em presença, contigo.
Até lá não ouso enfrentar a alquimia do tempo, a insensatez do destino, porque ninguém, em seu juízo perfeito, tem sequer a veleidade de o tentar...

Mas, na celta ancestralidade da nossa amizade, o tempo
é uma variável, imponderável e não controlável, daquilo que sentimos e pensamos...

Um beijinho, grande como a esperança das almas justas, deste teu amigo de e para sempre...

Suspiro do Norte disse...

Um beijinho enorme pa Magrela e pa ti Leonor. Obrigada queridas.

Ouriço, fica combinadissimo, e Jorge fica combinado também.

Obrigado a todos pelo imenso carinho

Alentejana de Olhos de Água disse...

Para ti um beijo, apenas um beijo...

Anónimo disse...

Muita força!

Micaela Neves disse...

Nem sei o que dizer. Para estas coisas não existem palavras.
O que precisares de mim, estou aqui!

Micaela Neves disse...

Nem sei o que dizer. Para estas coisas não existem palavras.
O que precisares de mim, estou aqui!