terça-feira, 31 de março de 2009

Como se diz cá por casa não há como fugir ao destino. E infelizmente a morte tem rodeado toda a nossa familia. Hoje, um irmão da minha sogra (tio do Orlando) faleceu. Andava a pintar a casa e caiu da escada. Faleceu ali mesmo. Não foi de doença e nada o fazia prever. Mas o que é que nos faz estar exactamente no sitio errado, à hora errada? Agarro-me à ideia que é o destino e que nada nem ninguém pode fazer nada para o mudar. Apressadamente dirigi-me para casa dos pais do O. para oferecer um ombro amigo à minha sogra. E ao olha-la revi-me. Não na relação dela com o irmão que era mais distante da que tinha com o meu, mas no seu olhar. Incrédulo, distante, ansioso. Soube exactamente o que sentia. Poderia te-lo descrito ali, pormonorizadamente sem ninguém mo pedir. Mas todos os pormenores, por mais que fossem, resumir-se-iam no facto de não acreditar. E eu soube-o assim que a olhei. E ela soube-o assim que me olhou. As lágimas caíram para logo secarem. A sua preocupação era com os outros. Tal como outrora o fiz.

domingo, 29 de março de 2009

Playboy














Nem eu nem o Orlando vencemos. Andávamos há semanas a apostar em quem seria a capa da Playboy e falhamos. Eu esperava alguém que criasse mais impacto, como foi o convite feito à Silvia Rizzo, nunca uma Mónica Sofia e muito menos com aquele piercing horroroso no umbigo ( ela é gira e tal, mas é uma escolha muito previsivel). Assumo que fui uma das mulheres que comprou a revista e não me convenceu. Obviamente que o O. e a maltinha lá do office agradeceram. Mas meus queridos, para o próximo mês não contem com a je, comprem-na vocês.

sábado, 28 de março de 2009

Sushi Baby

Se ouço mais uma vez que seja naquele escritório a cantarem... sushi baby..sushi baby... juro que esgano alguém.. É que pior que a frase ( sim porque eles só cantam essa parte) é o tom que o fazem, geralmente depois duma conversa menos própria sobre alguma gaja.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Seis meses










Faz neste momento seis meses que te vi pela última vez. Sorriste-me de soslaio, um sorriso só teu.. É assim que te recordo, que te vejo todos os dias, em todos os locais. Porque é inexplicável a dor que sinto.
Amo-te irmão

segunda-feira, 23 de março de 2009

Sissi

A nossa sweet home recebeu outro habitante. Tem dois meses, é afável, traquina e faz aqueles graças típicas da idade. Para nosso espanto corre tudo e não se amedronta perante as outras 3 mulherzinhas cá de casa. Elas ficam assim como quem não sabe o que fazer mas aos poucos vão-se a habituando.. A Daisy é que no sábado, em jeito de amuada e mimalhinha, pela primeira vez foi dormir para o sofá..Ohhh.. Pior só mesmo o guizo a toda a hora..
Mas a pequenina deu vida à casa.
Linda e irresistível.

sexta-feira, 20 de março de 2009

quarta-feira, 18 de março de 2009

Eu no mundo dos homens

Que a informática é um mundo maioritariamente masculino já sabia. Que o ramo de equipamentos e software informáticos para restauração é ainda mais masculino também. Era uma questão de tempo até ser alvo dum acto de "discriminação", e isso também eu já sabia. E ei-lo. Chegou na voz dum cliente. Relatando. Fala comigo ao telefone sobre um sistema de vigilância. Agendo com ele uma visita ao seu estabelecimento para o dia seguinte, mas cinco minutos passaram e ele liga para o L. Estranhei uma vez que já tinha combinado tudo com ele. Faz ao L. as mesmas perguntas, leva as mesmas respostas e termina em beleza - eu falei à pouco com uma menina aí da empresa mas sabe isto das vigilâncias é melhor tratar com um homem, sabe como é..assuntos de homens..
Não, não sabia.

terça-feira, 17 de março de 2009

Eu disse

Pois bem.. A febre chegou, a dor de ouvidos e garganta também. Parece que a gripe já deve estar a passar as portagens. Com tanta invasão, o relógio ainda marca 21 e eu refugiei-me na cama.















A malta por aqui adora o calor. Já anda de manguinha curta, cabelos ao vento e rosto mais saudável. Mas será que é só a mim que este calor fora d'horas provoca uma ligeira dor de cabeça?

sexta-feira, 13 de março de 2009

Sempre dissemos que acabaríamos a trabalhar juntos. O meu irmão soltava sempre " Um dia trabalharás para mim", mas já sabia que a correcção viria. "Para ti não, contigo". Ele sorria sempre, olhava-me carinhosamente e lembrava-me que era um mundo de trabalho para lá de intensivo. Eu não tinha medo, nem tão pouco me assustava com isso e ele, melhor que ninguém, sabia-o. Projectávamos a minha entrada de mansinho na Contacto, e a gerência da grande obra da sua vida que seria o Restaurante que ia abrir, juntamente com o seu melhor cliente e amigo. Era um projecto daqueles que nos dão calafrios na barriga só de pensar. Um espaço enorme numa das mais movimentadas ruas desta Terra de Horizonte e Mar. Os meus pais inicialmente ficaram apreensivos mas depressa todo e qualquer receio se dissipou. Bastava ouvi-lo. Bastava observa-lo e acreditávamos. Com a sua capacidade de trabalho, empreendedorismo e inteligência sabíamos que seria capaz de levar adiante este sonho gigante. Só dele. Especial e feito à sua medida. Quando nos mostrou o espaço as ideias dele fluíram. Sabia exactamente como queria cada canto dos dois andares. Tinha tudo na mente e as palavras eram reflexo disso mesmo. Falou-nos sem hesitação, firme e foi capaz de nos dizer exactamente o que pretendia. Ele era assim,tinha essa capacidade única de acreditar e fazer-se acreditar . Infelizmente não teve tempo para o concretizar. Talvez tenha sido Deus que assim ditou, não sei.Naquele factidico dia que nos roubou toda a nossa vida, todos os nossos sonhos sabia que não conseguiria levar adiante esse sonho, dele. Com a vida completamente virada do avesso tive que tomar muitas decisões e das quais me orgulho. Lembro-me que nem tive medo. Fiquei gelada com o sangue bloqueado e recusava-me a acreditar. Não era assim que as coisas deveriam ter acontecido. Eu ia entrando na Contacto pouco a pouco. Mas o pior aconteceu e tinha lhe prestar a maior homenagem. Por tudo e por nada, mas essencialmente por ser ele quem mais amo e admiro, por ter sido ele o meu Herói toda a minha vida, por todos os amo-te que dissemos e por todos os que ficaram por dizer. E assim foi, a menina virou mulher naquele dia. E só tinha duas preocupações, a minha família e a empresa. O resto viria por arrasto. Hoje olho para trás e receio o futuro. Não chorei a partida dele e sei disso. Inconscientemente ainda dou por mim em casa sentada à mesa, à espera de o ver chegar naquele jeito apressado tão dele. Mas ele não chega. E sinto os meus pais a morrerem lentamente, a envelhecerem dia após dia numa vida que não era suposto ser assim. Todos os dias eu sorrio-lhes. Todos os dias mostro-lhes uma Áurea com boa cara ainda que cansada. Todos os dias lhes falo da minha maratona diária, para que não se preocupem. Todos os dias me ligam a perguntar a que horas chego para jantar, tal como durante 27 anos fizeram com o meu irmão. Assim, muitas vezes chego a casa e limpo as lágrimas no vão da escada. Sei que sofrem ainda mais por me verem sofrer, e eu faço tudo,tudo para amenizar a dor deles, uma dor inconcebível, só deles e que lhes retirou parte da vida.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Parabéns a voce

Um saltinho rápido para desejar um feliz aniversário à minha priminha Eduarda que faz hoje um aninho e à Sarinha que faz 23.
Xi apertadinho

terça-feira, 10 de março de 2009

Ora toma

Hoje fui ao ginásio. Inacreditavelmente eu sei, mas a mais que não seja para calar as bocas de gozo e descrédito do sr meu marido que apostou que não iria. Fui após o trabalho e estou exausta. O meu corpo só pede banheira, massagens e cama. E cama e mais cama. De enervar as parvinhas que por lá se passeiam e discutem as cores das unhas, a noite do Porto, os calções do personal trainer. Cinco minutos de exercício, dez de conversa empoleiradas nas máquinas. Enfim. A registar o dez a zero que a minha mãe me deu. Uma força da natureza esta minha mãe.


segunda-feira, 9 de março de 2009

Como o M. disse

Com as pedras que me atiram, eu construo meu castelo.

Coração alfacinha

A menina que partiu para Lisboa, para três anos depois regressar mulher, foi este fim-de-semana à capital visitar aqueles que lhe enchem a alma.
Ombros amigos, sorrisos sinceros, piadas na altura certa. De coração aberto abracei-me a cada um deles. Ai que as saudadinhas apertavam.Foi um desabafo na altura certa, prestes a explodir. Foi o chorar sorrindo, o sorrir a chorar. Foram gestos de carinho que me limparam as lágrimas. É o saber ouvir, o dizer que se gosta porque se gosta e se quer bem. Sem contrapartida alguma, apenas porque é bom dar mas também receber. E isso de tão raro torna-se quase que inatingível e inconcebível, assumindo um misto de precioso. Algo que me orgulho de ter na minha vida. Ainda que longe, amigos que são isso mesmo. Amigos. Com tudo o que isso implica.
E aqui deste cantinho, no norte, tenho-vos no coração.
Eu volto.

sexta-feira, 6 de março de 2009

quarta-feira, 4 de março de 2009

Só vejo roxo

É impressão minha ou anda tudo de roxo? Eu olho em volta e só vejo malas, botas, camisolas roxas.Casacos então nem vale apena falar. Está bem que é moda e tal, mas começo a pensar que tá tudo louco. Ele é montras em tom de roxo, logótipos, chávenas nos cafés. É a roxamania . Eu tenho uma ou duas peças no meu armário admito, que neste momento não visto por razões óbvias, mas ainda estou muito longe desta febre que se ta a viver. As garotas então, em cinco, três aderiram à moda. Para o comprovar? Basta passar em frente a uma escola secundária, à hora de saída e é vê-las histericamente vaidosas a exibir o seu roxo. Roxo ou roxinho como dizia em tom de brincadeira o meu querido irmão.
Não há paciência.

Eu já

Uma amiga perguntou-me porque nunca fui numa de "eu já" ou "eu nunca". Ficam já aqui dois, nunca me lembrei e eu já vou tratar disso. Hoje fico-me pelo primeiro. O outro terá de esperar.

Eu já recebi a notícia da morte da pessoa que mais amo, o meu irmão.
Eu já conduzi alcoolizada.
Eu já quis viver em Paris e estudar em Londres.
Eu já fui louca por pastéis de nata.
Eu já corri os hospitais à procura duma amiga.
Eu já passei férias no Algarve praticamente sozinha.
Eu já trabalhei numa discoteca.
Eu já acusei álcool no sangue sem ter bebido uma única gota.
Eu já desisti a meio duma prova oral.
Eu já chorei por amor.
Eu já abdiquei do meu sonho profissional.
Eu já vi voar a minha roupa em plena A8.
Eu já decidi a data do meu casamento 150000 vezes.
Eu já fui agredida no meio da rua.
Eu já regateei com ladrões.
Eu já sorri quando me apetecia chorar.
Eu já usei aparelho nos dentes.
Eu já desejei muito mal a uma pessoa.
Eu já fui acordada com a noticia que o meu marido levou um tiro.
Eu já fiz Lisboa-Porto numa hora e meia.
Eu já quase morri afogada.
Eu já fui à Disney Paris.
Eu já furei as orelhas cinco vezes e decidi fazer uma tattoo.
Eu já paguei balurdios por uma mala.
Eu já comecei a escrever um livro.
Eu já tive que dar a pior noticia de todas aos meus pais.
Eu já tive que despedir uma amiga.
Eu já andei horas sem destino.
Eu já troquei o Porto por Lisboa, por amor.
Eu já trabalhei num jornal.
Eu já me decidi a aprender alemão 1000vezes e desisti outras tantas.
Eu já emprestei dinheiro para um aborto.

Pragas

Devem ter lançado por estas bandas alguma praga, maldição e tudo esteja relacionado com desejar mal. Muitos que adoro têm apanhado sustos a valer ou têm-se visto a mãos com problemas, ou melhor problemaços.
Para ti querida amiga, que tens sido incansável comigo e com os meus, só tenho palavras de carinho. Tens aqui um ombro amigo, ou melhor dois, quatro, oito. Tudo. Nunca conseguirei agradecer-te tudo que tens feito por mim, e nesta partida que o acaso agora te pregou só me resta dizer-te pela 1000ª vez que estou por aqui. Para rir, para chorar, para espairecer sem destino, para desabafos fora de horas. Porque para ti não tenho relógio.
Tenho o sempre.

domingo, 1 de março de 2009

2 Oficiais

É oficial e vai ser mesmo desta.
Primeiro - Vou para o ginásio. A inscrição está feita e o equipamento comprado. Só falta mesmo eu lá por os pezinhos apartir de segunda-feira. Esta decisão vem muito pela necessidade que sinto de me cansar, cansar para chegar à cama e dormir pelo menos umas horas seguidas e também para arrastar a mamã para ela se distrair.
Segundo - Finalmente vai ser desta que vou a Lisboa. Já na próxima sexta-feira, onde permanecerei até domingo para matar saudades daqueles que tanto adoro e para tratar de algumas papeladas pendentes.