Já mais calmos, juntos na cozinha falávamos sobre o passado tão presente e no futuro que tanto receamos. Dispensava tudo, principalmente mais más noticias que acabariam por chegar num telefonema do Luís. Acabado de chegar ao escritório, nem sabia como me contar. Um inundação no escritório. Nos primeiros segundos nem reagi. Estava com uma fome. Para ser sincera nem o levei muito a sério. Ao segundo telefonema acordei do transe. O O., estremunhado da sua sesta de final de tarde, e a toda a velocidade arrancou comigo para lá. Água, água e mais água. E material danificado. À minha frente o prejuízo saltava à vista e eu só procurava os meus cigarros. O que fazer... Nem me acredito. Mãos ao trabalho. Com a ajuda preciosa do meu marido e do L. lá conseguimos dar vazão à agua e fotografar toda a situação. Hora de calcular os prejuízos. No fim esforçava um pensamento positivo. Preciso disso para continuar. Esgotei-me fisicamente. Antes água que fogo.
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