segunda-feira, 27 de abril de 2009

Diary

É sempre assim. Quando uma amiga faz anos passo montes de tempo a matutar na prenda. Com a Sarinha, em Março, não foi excepção. No final a escolha recaiu em 2 bilhetes para dois espectáculos aqui, na capital do Norte, do sotaque. Mas como não tinha lógica alguma ela ir sozinha eu e o Orlando decidimos que lhe faríamos companhia. Desculpas, digo eu. Um foi nos dias imediatamente a seguir e o outro na passada sexta-feira. A semana não tinha corrido bem e deu para descontrair. Cantei, gargalhei, liguei às amigas, sorri e com muito esforço não chorei. O Orlando olhou-me e num ímpeto, assim sem dizer nada reconfortou-me. A Sarinha, que tanto conviveu lá em casa, soube exactamente as alturas nas quais tanto me lembrei de ti. Mais que um ombro, uma amiga. Uma alma amiga. Depois veio o sábado e com ele uma casa sombria, sem vida, uns pais cabisbaixos, chorosos em silêncio, que não suportam cada dia que passa, que não suportam o fim-de-semana e tudo o que ele arrasta consigo. De manhã fomos ao teu encontro. De tarde também. Assim como que terapia, reconforta-nos a alma magoada ir ao cemitério. Só para te dizermos que te amamos, que nunca nos esqueceremos de ti. Que a tua presença é grande e a tua alma ainda maior. O final de tarde trouxe uma visita boa. Reconfortante, companheira, que me faz agradecer todos os dias a família maravilhosa que tenho, sempre presente, que tanta força nos dão em dias tão difíceis como foi ontem. Estavam lá todos. Em silêncio, a dar-nos conforto, a chorar connosco e a amparar-nos as lágrimas,numa corrente que julgava não ser possível e que não me permite encontrar palavras à altura de a descrever.

2 comentários:

Planeta Sisse disse...

tu para alem de seres a minha amiga de sempre es a minha irma.

Adoro te mto e tou sempre aki pa ti

Suspiro do Norte disse...

Tb te adoro muito