Enquanto assistir a milhares de pessoas em festas onde a entrada são 30€/mínimo, nas quais por vezes gastam outro tanto em bebidas, nenhuma delas se atreva a falar que atingimos o pico máximo da crise. Enquanto assistir a corridinha de cocaína a 50€ a grama, agradeço que ninguém se queixe da crise. O país atravessa sérias dificuldades, mas acima de tudo devíamos lutar contra a decadência de quem perdeu totalmente a noção. Continuo a gastar dinheiro em algumas coisas supérfulas, adoro um bom par de sapatos, um bom par de calças, jantar fora de vez em quando, mas tenho as mangas arregaçadas. Não estou em casa, queixosa. Não me arrasto para ir trabalhar. Reclamo da crise, reclamo a cada trimestre dos valores do IVA, das multas escandalosas das finanças. Reclamo do Rendimento Mínimo entregue a quem tem bons bracinhos para trabalhar e está no café todo o dia, das habitações camarárias entregues à descarada. Dos cortes nos subsídios de férias e Natal e das multas parvas das Scut. Mas também estou contra aqueles que despojados de qualquer valor, se aproveitam da crise. À grande. Que estão a contribuir para a histeria que se instalou. E depois olho os jornais. E concluo mais uma vez que não há falta de trabalho. Existe é uma enorme falta de vontade de trabalhar. Os salários estão baixos é verdade. Mas preferia ganhar seiscentos, a não ganhar nenhum. Porém, isto sou eu.
7 comentários:
Bato palmas e assino por baixo!
e tu pensas como devia pensar o resto o país!
Nem mais... estamos perante uma forte crise social e de valores.
Beijinhos*
Faço minhas as tuas palavras..nem maissssss...Eu também preferia...
eu tambem, disseste tudo **
Pois querida... eu concordo totalmente contigo.
O que mais me irrita é saber que todos os dias venho trabalhar para pagar a uns milhares que recebem o rendimento mínimo e não fazem nenhum.
Isso tira-me do sério!
Lux
concordo, agora é que disseste tudinho ;)
**
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