sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cravada no coração

Não era miúda de tirar fotos. Mal surgia uma câmara no horizonte, era ver a Suspiro a fugir ou desviar-se. Hoje, procuro em todos os álbuns e pastas por fotos com Ele. Dos tempos de infância preenchia todas as paredes do nosso lar, do ontem não tenho uma. Uma sequer. Lembro-me semanas antes, no casamento do V., ter-me ocorrido tirar uma com Ele. Ficou pela lembrança, até hoje e por mais que tente não encontro explicação para não ter tomado iniciativa de o fazer. Aprendida a lição da pior forma, agora tiro fotos com os que amo, não vá a puta da vida pregar-me outra rasteira. Hoje, embora não possa ter nas minhas mãos, gravo a nossa fotografia no coração. Abraçados e sorridentes. O cigarro ligeiramente descido, a franja despenteada sobre os olhos, as mangas da camisa perfeitamente arregaçadas, o sorriso ligeiramente envergonhado. E essa foto vale ouro, ainda que nunca a tenhamos tirado.

5 comentários:

Anónimo disse...

Não entendo, nem entenderei, qual a dor de perder um irmão. Mas sei que fácil não será, e difícil é ligeiro eufemismo. Somente te desejo força de continuar - a força que ele quer que tenhas. Beijinhos.

Anónimo disse...

Sem palavras!
Forca Suspiro!

Anónimo disse...

Força suspiro!
Eu sei o que é a dor de perder alguém. Estou ctg*

Sol disse...

Não consigo saber quão forte será a dor. Mas tenho um irmão que amo com todo o coração e não consigo, sequer, imaginar-me sem ele. Muita força!

Suspiro do Norte disse...

Obrigado. Por tudo.

Beijnhos