A vida tem destas coisas. Quando fui viver para Lisboa tinha a plena noção que os meus dias iriam ser bastante solitários. Perfeitamente natural dado que além do O. nao conhecia uma única pessoa. Em poucos meses conheci pessoas como a R. e a S. que viriam a tornar-se amigas para a vida. Cheguei lá em Setembro e no Natal, antes de vir ao Porto, já tive com quem tomar um cafezinho e a quem dar um abracinho sincero de até já. Quando, três anos depois, regressei ao Porto definitivamente pensei que desfalecia com o aperto no coração com saudades do que deixava para trás. Quase, quase dois anos. Estou na Terra onde nasci, onde fui criada, de onde só saí com 21 e para onde regressei com 24. A vida tem destas ironias. Nesta Terra onde me fiz menina e mulher a solidão surge muitas vezes. E se uns dias consigo disfarçar outros há, como hoje, que isso me fere a alma. Provavelmente o meu ritmo descompassa, provavelmente as minhas prioridades não são as mais acertadas e dou valor demasiado a quem me rodeia. Mas há coisas nas quais pura e simplesmente não se manda.
1 comentário:
As emoções são incontroláveis... tomam conta de nós, fazem o que querem... bjs
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