terça-feira, 29 de dezembro de 2009

À M.














Enquanto meio mundo anda sorridente com a quadra natalícia, a minha querida M. sofreu uma perda. Daquelas que a Natureza cruel se encarrega, assim sem justificações nem avisos. Daquelas que nos fazem questionar a justiça desta vida, que nos arrancam sonhos e nos deixam em lágrimas. Gostava de conseguir voar e dar-lhe aquele abraço apertadinho que tão bem sabe em momentos como este. Gostava de poder dizer-lhe que o amanhã a fará sorrir novamente e que mais cedo ou mais tarde outro teste positivo virá. Não o digo, para já. Aprendi que as palavras devem vir na altura certa, se é que ela existe, e que embora não façamos por mal, existem coisas que magoam assim só de ouvir, só de pensar, quando o recente ainda é tão presente. Magrela o meu coração está convosco, ainda que com esta A1 pelo caminho. Ao P. um abraço daqueles apertadinhos. No Norte, uma casa vos espera. Tão minha quanto vossa.

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