quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

De 2009

Deste ano levo uma catrefada de casamentos e o prazer de conhecer a S.V. O nascimento da Filipa. Levo a desistência do ginásio após dois meses, muitas caipirinhas e alguns convívios à boa maneira tripeira. Muitos croissants, francesinhas e pequenos-almoços tardios. Levo noites mal dormidas, preguicite aguda e muito muito trabalho que me fez fortalecer a C.D. Foi um ano de expansão e conhecimentos adquiridos. Duas visitas à capital para retemperar o coração cheio de saudades. Fortaleci as amizades de sempre, conheci novas pessoas. Umas valerão apena, outras nem tanto mas caminhei sempre em frente. Levo desgostos e alegrias, lágrimas e sorrisos. A Tatuagem. Em 2009 não O vi, no entanto a Sua imagem continua tão viva como da última vez que tivemos juntos. Infinitas vezes pedi para os meus pais, ajuda a Deus, ao mesmo Deus que Mo tirou. De 2009 levo as brisas quentes que me acompanharam nos finais de tarde, enquanto olhava o horizonte à Sua procura. As lágrimas escondidas apressadamente ao chegar a casa. Levo muitas perguntas, poucas respostas. Levo-O para sempre no coração, com o mesmo amor, com o mesmo carinho e infinito orgulho. 2009 foi o ano da ausência. Da Tua ausência Irmão, que tantas falta me fazes.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Dos Ídolos, para esquecer

O Carlos e a sua expressão ao agradecer os comentários do júri. A voz melosa e os olhos semi-cerrados. Que enjoo. A Cláudia V. e o seu estão-tão-grávida-que-ninguém-me-cala. O Salvador pseudo-humilde. Juro que não entendo este zururu à sua volta. Para finalizar, o Filipe canta bem que se farta, mas juro que fujo se um dia me cruzo com ele, e me vira aquele olhar psicadélico.

À M.














Enquanto meio mundo anda sorridente com a quadra natalícia, a minha querida M. sofreu uma perda. Daquelas que a Natureza cruel se encarrega, assim sem justificações nem avisos. Daquelas que nos fazem questionar a justiça desta vida, que nos arrancam sonhos e nos deixam em lágrimas. Gostava de conseguir voar e dar-lhe aquele abraço apertadinho que tão bem sabe em momentos como este. Gostava de poder dizer-lhe que o amanhã a fará sorrir novamente e que mais cedo ou mais tarde outro teste positivo virá. Não o digo, para já. Aprendi que as palavras devem vir na altura certa, se é que ela existe, e que embora não façamos por mal, existem coisas que magoam assim só de ouvir, só de pensar, quando o recente ainda é tão presente. Magrela o meu coração está convosco, ainda que com esta A1 pelo caminho. Ao P. um abraço daqueles apertadinhos. No Norte, uma casa vos espera. Tão minha quanto vossa.

sábado, 26 de dezembro de 2009

15 Meses

E a minha alma vai ficando cada vez mais sombria.
Amo-te Irmão.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009














Sissi

Era tudo mais fácil se não fizesse este frio descomunal..

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Anúncio Lidl



Para mim, o melhor anúncio deste Natal.
Palavras para quê?













Imagem daí

Por estes lados o tempo não rende e a temperatura não ajuda. Ai as saudades que eu tenho das minhas chinelas. Os dias na capital souberam a pouco mas deu para lavar a alma. As amigas continuam Elas que só Elas, sempre atentas, com a palavra certa, com o silêncio no momento preciso e o ombro sempre presente. Há amizades que nem a distância arrefece. Houve tempo para boas novidades, como o bebé que a Magrela da Margem Sul espera. Tias babadas que já somos. Partilhei a minha passagem pelo registo daqui a uns meses,diz que sim, que estou noiva. Lisboa continua a receber-me de braços abertos. Ao chegar ao Chiado os telefonemas multiplicaram-se com palavras de coragem, mas que me estavam a deixar com os nervos em franja por não saber o que esperar. Como é que é meus queridos? Afinal não custa nada. Valeu apena esperar catorze meses para fazer a tatuagem, não poderia ter ficado mais perfeita. O tempo voou e devolveu-me rapidamente à Invicta. Ao passar a portagem doeu-me a alma, já fui muito feliz na cidade que ficava para trás. O adeus não saiu, fiquei-me por um até já.

sábado, 12 de dezembro de 2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009















Scarlet Johanson

Começo a achar que ou este tempo melhora, ou arrisco-me a receber descomunais contas de electricidade. Nem a do escritório vai escapar.

A arte de sermos iguais e tão diferentes
















Kate Moss

Suspiro em versão noctívaga não é, já foi. Não que não saia de vez em quando para dançar, beber umas caipirinhas e dar à língua durante horas seguidas, mas não o faço com a frequência de outrora. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, e tudo tem o seu timming.Ainda assim, uma vez por outra lá lá dou um salto ao Triplex ou ao Vintage, duas das poucas casas que ainda me conseguem tirar do conforto do lar. Este fim-de-semana não deu para escapar à noitada, o dever impera sempre. E lá fui eu, ali para os lado de Guimarães, à inauguração de uma discoteca na qual tinha montado sistema, para certificar que tudo corria bem, e que não surgia alguma dúvida ou problema de última hora. E constatei que em algumas coisas somos todos iguais. Todos deixamos tudo para a última da hora, todos respiramos frenesim ansioso em situação de stress, todos nos movimentamos rapidamente ainda que pouco ou nada estejamos já a fazer, todos mal-dizemos a nossa vida por as coisas não terem sido programadas atempadamente. Não foi o caso do meu Sistema, mas naturalmente e ainda para mais numa inauguração daquela envergadura houveram situações que só foram resolvidas momentos antes. E o nervoso miudinho que isso provocou, a piada que eu achei. É impressionante a capacidade de pormenores que nos podem escapar. Numa situação assim, um carimbo, um reles carimbo assume uma importância feroz, e não fosse o O. às 23h40 ainda se encontrar pertinho do NorteShopping, e já antevia uma catástrofe. Depois, começam a chegar os clientes, os amigos, os amigos dos amigos. Todos vaidosos, de sorriso de orelha a orelha, sem no entanto conseguir esconder o rosto vermelho pelo frio que se fazia sentir. E a experiência ou não de uma equipa verifica-se no boom de saída, nas caixas e bengaleiro. Os amigos já não são tão amigos, o álcool já fala por alguns clientes e o sono por outros, e a compreensão não é, já foi. E aprendem-se grandes lições, assim a trabalhar das 19 às 8 da manhã, ainda que como mera espectadora do funcionamento da discoteca, ainda que tenha apreciado de longe/perto. E vi cada personagem, cada ceninha..OMG!!E não apenas no campo profissional, acima de tudo constatei que embora possamos ser iguais em muito, no todo somos realmente todos (muito) diferentes. Aliviada pensei o quão bom é que assim seja. Sorri, olhei para a porta de saída e vi a luz do dia, ensonada apertei o casaco. O gelo da manhã cortou-me o rosto, a luz solar magoou-me a vista mas o importante é a sensação de dever cumprido, e essa trouxe-a comigo.