sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cravada no coração

Não era miúda de tirar fotos. Mal surgia uma câmara no horizonte, era ver a Suspiro a fugir ou desviar-se. Hoje, procuro em todos os álbuns e pastas por fotos com Ele. Dos tempos de infância preenchia todas as paredes do nosso lar, do ontem não tenho uma. Uma sequer. Lembro-me semanas antes, no casamento do V., ter-me ocorrido tirar uma com Ele. Ficou pela lembrança, até hoje e por mais que tente não encontro explicação para não ter tomado iniciativa de o fazer. Aprendida a lição da pior forma, agora tiro fotos com os que amo, não vá a puta da vida pregar-me outra rasteira. Hoje, embora não possa ter nas minhas mãos, gravo a nossa fotografia no coração. Abraçados e sorridentes. O cigarro ligeiramente descido, a franja despenteada sobre os olhos, as mangas da camisa perfeitamente arregaçadas, o sorriso ligeiramente envergonhado. E essa foto vale ouro, ainda que nunca a tenhamos tirado.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Boca do Lobo














Mondrian

Com orgulho, acompanho o sucesso merecido dum vizinho, e amigo de meu irmão, Pedro Sousa. Brilhante.

16 Meses

Para sempre.


Todo mundo é capaz de dominar uma dor, excepto quem a sente.
William Shakespeare

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Se há situação à qual sou sensível é ao facto de algumas pessoas possuírem capacidades psicológicas diferentes. Geralmente dizem-me que não posso ter pena. Mania que têm de chamar pena. Eu prefiro chamar-lhe sensibilidade, mas digam o que quiserem. Contudo, se conheço algumas que possuem uma alma grandiosa, outras deixam muito a desejar. Não sou hipócrita ao ponto de dizer que por vezes não sou condescendente. Sou. Mas teremos nós a obrigação de desculpar tudo, de justificar todas as situações? Desculpar quando apenas demonstram ser más e prejudicar todos? São questões com as quais me tenho debatido ultimamente. Sou normalmente criticada por ser boazinha de mais, mas não consigo não me indignar quando vejo pessoas a quem sempre justificam a sua maldade por isto e por aquilo. Se lhes dá para o mal, porque não para o bem também? Pelos vistos, mais vale esperar sentada pela resposta.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Não tarda muito..

Com as pérolas que me acontecem diariamente, um dia destes faço uma entrega de prémios aqui na CD. E há para todos os gostos. O prémio para você-deve-andar-enganadinha-há-aqui-algum-equivoco, menina-dê-cá-um-beijinho, eu-sou-assim-bruto-a-falar-quem-quer-quer, sou-um-chato-do-caraças-e-não-pago, entre outros que apesar de me deixarem com os nervos em franja, ainda me fazem soltar umas belas gargalhadas ao fim do dia. Eu aturo cada uma.

A culpa é da humidade

Viver perto do mar tem um único inconveniente. A humidade. Já não chegava esta chuva molha tolos, e ainda sentimos esta humidade que nos gela os ossos, que tem a capacidade de estragar, em segundos, o cabelo impecavelmente esticado. A culpa é da humidade. Eu juro que ando a pontos de ser confundida com esta senhora.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Não devia fumar.. mas e tal...


















Cada tolo com as suas manias, e se há coisa na qual sou uma chata é com aos cigarros. Para começar, nunca fumo em primeiro lugar o primeiro cigarro que tiro do maço. É automático. Não me perguntem porquê, mas se o fizer não me sabe bem. Não o marco nem nada disso, e se calhar ate o fumo em segundo ou em terceiro, mas nunca em primeiro. Depois só fumo uma marca. Sempre a mesma e sou incapaz fumar outra. E aqui surge a treta dos cigarros de outros países. Digam o que disserem, um Marlboro espanhol é diferente dum português, e não é só no preço. Nem o dos Açores é igual. Claro que com isto já nem falo dos cigarros de contrabando. Desses então, nem o fumo suporto. Posto isto, sei que da fama de esquisitinha não me livro, mas sou feliz assim.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Como sou uma miúda de apetites e vontades repentinas e como não gosto de me contrariar, vou só ali à Ferreira buscar um misto . Na volta, estarei concerteza com um humor mais refinado.
É impressionante o efeito que um sonho pode ter no nosso estado de espírito. Esta noite sonhei com uma personagem, daquelas que passam pela nossa vida e nós nem sabemos como, e com contornos de pesadelo acordei incomodada, com um nó no estômago e todos aqueles sentimentos angustiantes que nos revoltam as entranhas. Quando assim acontece é meio caminho andado para andar incomodada pela manhã. É que embora não tenha passado dum sonho, conseguiu deixar-me esquisitinha que só visto. Complicada eu...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Se é que já não ganhei

É impressionante como o tempo voa, parece que a F. nasceu há uns dias e ontem já fez um aninho. E era ver-me, qual madrinha babada, na festinha que lhe preparamos. Gosto tanto dela que só me apetece traze-la para casa. Mas a partilha deste pensamento normalmente descamba para uma conversa que já me irrita, Tá na altura de fazeres um, então e tu quando pensas ser mãe, já estás na idade... e esse teca-teca capaz de tirar a paciência a um Santo. Claro que entendo a pressão natural, tal como o facto de as pessoas não o dizerem por mal, mas experimentem ouvir a mesma conversa todos os dias. Todos os dias, em quase cinco anos. Não há um em que uma alma não me pergunte por filhos. Mas ainda ninguém parou para pensar que eu posso não me sentir preparada? Ou que pura e simplesmente posso não querer? Ou que se calhar quero, mas ainda não calhou? Ou que 1001 coisas? Arre..Fico enervada só de pensar e já avisei, não tarda nada ainda ganho cisma. É que não há paciência.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Rrrrssss..

Descobri que além de ter que pagar mais por ter marcado o casamento para um sábado, a despesa aumentou pelo regime que escolhemos. Está bonito isto...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ups















Assistir ao filme He's Just Not That Into You , com a minha melhor amiga no dia em que ela terminou um relacionamento, talvez não tenha sido uma das minhas melhores ideias.

Estamos sempre a aprender...

Do Ídolos de ontem,

No Brasil dizem brega,
Na capital foleiro,
E nós por cá o maravilhoso azeiteiro.

Posto isto, a taça vem para a Invicta.












Iguais a nós próprios, soaram as doze badaladas e nós ainda dispersos. Uns segundos depois, abraços sentidos, beijinhos e votos dum bom ano novo, sempre melhor que o velhinho 2009. Desejei dar-Te um abraço, olhei o céu que por momentos ficou limpo e sorri-Te. O frio não ajudou, os vestiditos também não. A S. não estava claramente nos seus dias, e passamos o dia a combinar e a descombinar o Reveillon. Quase, quase que ia busca-la à cama. Dados os votos, despedi-mo-nos dos amigos e os três, eu , o O. e ela rumamos ao Triplex, para ali passarmos umas boa horas na treta. Cigarro aqui, balão ali, telefonemas muitos telefonemas da C. que divertida me ligava a cada dez minutos. Depois tudo igual a 2009. A mesma rotina de sábado e a limpeza a fundo na casa. Os mesmos vizinhos simpáticos, o mesmo café cor-de-rosa na esquina, os mesmos sons, o mesmo transito, o mesmo horizonte. As mesmas tardes de domingo enroscada nos cobertores, sonolenta a tentar concentrar-me num qualquer filme. Os mesmos dias com um 10 no fim. Só isso mudou.