Triste, levantei-me. Arrastei-me sem vontade alguma. Como combinado, fui buscar a mamã para mais umas tarefas difíceis, que nunca deveriam existir, que só existem porque a vida nos ceifou a alma. Cruelmente. Sem avisar. Com as lágrimas a percorrem-lhe o rosto, levei-a a almoçar. Em frente ao mar. Com o oceano a inundar-nos a vista e a brisa a sussurrar-nos uma calma imensa, fi-la distrair. Fi-la sorrir. O O., genro, quase filho fez-nos companhia e mostrou-lhe o quanto gosta dela. Não o disse. Bastou aquela companhiazinha desinteressada, a força nos olhos e nas palavras para ela o entender. E ela, sempre dada e meiga, encheu-o de mimos. As amigas fizeram-se notar também, inundando-nos de telefonemas simples e despreocupados, carregados duma emoção disfarçada, como que a marcar o seu apoio neste dia que não deveria existir, confirmando o apoio para o final deste dia, onde todos nos encontraremos para rezar pela sua alma. E o Atlântico continuou calmo. Reflectiu-nos um sol envergonhado, que se inibiu da sua força neste dia, como que em solidariedade com a nossa dor. Com o estômago reconfortado seguimos o nosso caminho. Não olhamos para trás, sabemos que aquela paz está ali,sempre ao nosso alcance. Quando a nossa alma o pedir.
"Perhaps they are not stars, but rather openings in heaven where the love of our lost ones pours through and shines down upon us to let us know they are happy."
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Onze Meses
Imagem daí
Onze meses privada da tua presença, e continuo sem conseguir encontrar palavras capazes definir o que vai cá dentro.
Amo-te irmão, sempre e para sempre.
Amo-te irmão, sempre e para sempre.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
A few moments...
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Miminhos
A querida Fénix ofereceu-me este miminho
Assim, mimo também:
A Summer, a Sisse, o Tio Jorge , a malta do Sitio Diferente, a Alguém e a Princesa M
E um Beijinho enorme à S., por este miminho..
Assim, mimo também:
A Summer, a Sisse, o Tio Jorge , a malta do Sitio Diferente, a Alguém e a Princesa M
E um Beijinho enorme à S., por este miminho..
Olha para ele..
O L. e a sua Moleskine estão por aqui a fazer um brilharete. Quem disse que os homens não conseguem ser irritantemente presunçosos?
Não liguem ok?
Com o telemóvel a tocar de cinco em cinco minutos, dou comigo a pensar como seria se não tivessem inventado tal quinta maravilha (?). Reconhecendo-lhe todo o valor, não me importava mesmo assim, de os exterminar ainda que fosse apenas por 24 horas. É que se continuarem sem me dar descanso, não garanto que não tenha um colapso nas próximas horas. Depois não digam que não avisei.
...
.Perdi a conta às vezes que percorri aquela A1. Saudosa, acelerada, terrivelmente apressada. Não se contam pelos dedos as infracções de velocidade que cometi. A ânsia de chegar junto a vocês cegava o meu bom-senso. Hoje percorri-a novamente. De regresso, o coração lascado envolto em sangue com tamanha dor. A paisagem continua igual. Cada vale, cada árvore, cada manto verde. Eu perdi-me na Tua partida. A minha alma foi conTigo e não regressou. Prometi nunca Te deixar sozinho, ela far-Te-à companhia. O asfalto continua o mesmo, os carros apressados seguem o seu caminho em busca do amanhã. A nossa Ponte da Arrábida, tão nortenha, tão nossa recebe-me como sempre o fez. Sussurra-me imponente que pertenço a esta terra. Mas não o sinto. Não me encontro em lugar algum e perco-me a cada dia que passa, envolta em pensamentos descoordenados e sombrios. Sorrio sem sorrir, danço automaticamente e desenvolvo um eu que não me pertence. E tudo à minha volta urge apressadamente, sem se compadecer com a ferida na minha alma que não sara, que não encontra a sua cura. O tempo esse, vadio e presunçoso não levanta a mera hipótese de arrependimento. Não concerta os estragos que causou. Poderia redimir-se, ser conselheiro. Mas nem se dá a esse trabalho. Exige de mim o que não deveria exigir. Não numa altura destas. Mas sabe que cá estarei para mais tarde o relembrar o quanto me fez sofrer. O quanto me privou de algo que poderia ter sido e não sou mais. E voltei, nesta auto-estrada cinzenta, de volta à minha esfera privada. E encontrei-a desmembrada. Faltou-lhe a alma, o coração. Por momentos, como em tanto outros nesta minha sobrevivência, esqueci que não Te encontraria. Esqueci o lar escuro e choroso, e jurava que Te teria para desabafar. O carro silenciou-se em frente a casa. Naquela curva onde Te vi pela última vez naquele jeito tão Teu. Ainda que com esperança olhei para cima. A minha alma desfez-se. Por momentos, juro que acreditei ser possível.
Incógnita
Enfim. Tenho tido a minha dose de fretes, cumprido a minha parte, tudo certinho como manda a boa educação. Mas o que eu pagava para não ter nenhum tão cedo...O que eu pagava.
domingo, 16 de agosto de 2009
Festa? Que festa?
A minha quase certeza que não nasci para viver na terrinha, passa a certeza total após termos feito kms e kms em curva contra curva, rumo à tão badalada festa, e deparar-mo-nos com meia dúzia de gatos pingados. Se a juntarmos a isso, tivermos a S. para lá de enjoada com tanta abanadela, é garantido. Meia-volta para a cama e certo, certinho que o meu Porto faz-me muita falta.
sábado, 15 de agosto de 2009
Descansa corpitcho...
Viva o calor louco em Castanheira de Pêra.Viva o companheirismo, os cigarros a horas tardias, os amigos sempre rezingões.Viva o pavimento da piscina que me maltrata as costas, as ondas artificiais e os avecs por todo o lado.Viva o meu telemóvel que me permite estar on na empresa, mesmo estando off. Viva a minha óptima gestão de tempo e viva os rapazes que ficaram a segurar as pontas para eu me ausentar 3 dias.Acima de tudo, viva o quase descanso, que dá para enganar o cansaço do corpitcho...
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Por agora teclar? Não me parece boa ideia..
Por estes lados, o humor está péssimo. Não obstante do calor maravilhoso que se faz sentir e estar encafuada no escritório, rodeada de papéis e chamadas telefónicas, acabei de partir uma unha. E não era drama algum se a minha prima B. não tivesse de férias. Sim, porque eu sou daquelas gajas confessas que roía as unhas desde o tempo da primária, e que no final do ano passado se rendeu às maravilhas do gel. Uso-as sempre curtinhas, à cor do gel...Muito simples, nada artificiais. Mas são, e acabei de partir uma, o que não teria acontecido se não fosse eu tão distraída. E está-me a parecer que com a sorte que estou, ou paro de teclar ou então ainda parto outra antes da manutenção de urgência, que arranjei agora mesmo para daqui a nada.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Just a day...
Cansada e leve é como me sinto, acabadinha de chegar de Vidago. Nada como fazer uma viagem de regresso com a melhor amiga, a tagarelar e a cantar (?) como nos dá na real gana, a fumar uns cigarros e a soltar sorrisos. A testemunhar o sol tímido que se esconde atrás do Marão e que leva com ele as imagens de mais um dia. A rogar pragas ao meu carro que se lembrou de portar menos bem. E no final, ambas com a certeza que são momentos como estes que devem ser repetidos e valorizados, mesmo que só tenham sido exactamente 24horas. Noites ao relento embrulhados em mantas, desafinados a tentar acompanhar o som vaidoso da viola do M., a ziguezaguear nas bicicletas do tempo de meninice. A ponderar um banho nocturno na piscina ali mesmo ao lado, a abraçar um amigo só porque sim, porque apetece e nos faz tão bem. A recordarmos Quem mais adoro nesta vida, e que do alto do céu imensamente estrelado nos acompanha e sorri. Ligar à mamã e dizer que os adoro com toda a minha alma. Não ter pressa para deitar, e acompanhar os rapazes numas cartadas, mesmo que fique em último lugar. Partilhar tremoços e melão na noite longa e sentir a brisa nocturna que testemunha os nossos gestos. Deitar-me ao amanhecer, com o coração triste de saudades e ter o O. ao meu lado, atento, companheiro, ouvinte.
Momentos simples para muitos, extremamente valiosos para mim.
domingo, 9 de agosto de 2009
Weekend
Apartir de Vidago, na companhia dos amigos do coração, fica o desejo dum excelente fim-de-semana. Ainda no rescaldo da transcendente mensagem recebida directamente do Sudoeste. És uma menina linda também A. . Pelo passado, pelo presente e pelo que ainda está para vir, serás sempre a A. .
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Saltos e esplanada
Isto de ser gaja tem que se lhe diga. Serei a única a enfiar o salto cada vez que vou a uma dessas esplanadas à beira-mar? É que não há uma única vez que não me aconteça, e depois é ver-me embaraçada e a ruborizar a tentar solta-lo.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Et voilá!
É só para avisar que a balança e o meu vestidinho preto já se queixam. Não é que o sr.Viternum já está a fazer das suas?
A noite cobriu o meu corpo duma dor inigualável. Vi-Te ali tão perto mas não Te alcancei. Adormecida, presa num corpo que ja não me pertence, esforcei-me para Te tocar mas não consegui. Tentei controlar as facadas que magoam o meu peito, mas estas deram lugar a lágrimas de desespero por tantas saudades. Vi-Te lindo, menino a crescer ao meu lado, de mão dada a deixar-me na ama e a carinhosamente beijar-me a face. Vi-Te sentado no escritório, a interromper uma chamada e a lançares-me um sorriso pedindo-me para Te esperar uns instantes. Vi-Te de pé, com o teu jeitinho garoto, a terminar o pequeno-almoço, debruçado no balcão da cozinha onde tantas vezes nos sentamos. Vi-Te sorrateiro com os amigos que tanto amaste e que tanto choram a Tua ausência, que não Te esquecem nem conseguem seguir em frente. Vi-Te na Tua casa que tanto sonhaste, a decorar cada espaço, cada cantinho Teu. Vi-Te a projectares um futuro comigo, longo e carregado de ideias Tuas, minhas, nossas . Gravei cada palavra Tua e pedi que voltasses. Mas tal não foi possível. A noite sedou-Me e ofereceu-me a Tua visão e aconchego. Foi longa, saudosa e terrivelmente cruel. Estiveste tão perto que podia jurar que me tocaste. E tudo desapareceu com o amanhecer, com o inicio de mais um dia sem Ti, onde me procuro e não me encontro, onde me pergunto até quando conseguirei aguentar tamanha ausência. Busco palavras capazes de transmitir a dor da Tua partida. Em vão. O grito de tamanha facada trago-o na garganta. A vontade de viver ofereci-Ta naquele dia, naquele segundo que ditou a Tua partida.
Amo-te Irmão
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Vaidosa, eu?
imagem daí
Uma ida à praia e conclusões do quão vaidosa (não) sou. Não levo calça de ganga e o belo do salto 12 centímetros. Não vou maquilhada, com excepção de rímel preto waterproof, pois isto de ter pestanas loiras é complicado, para não dizer meio alienado. Não levo acessórios. Que me perdoe quem leva, mas não percebo qual é a piada de ir para a praia com brincos compridos, cheia de colares e com meio braço coberto por pulseiras. Bem me esforço mas não compreendo. Posto isto, a vaidade não me pesa na balança. Tenho dito.
sábado, 1 de agosto de 2009
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